Poesia...

domingo, 5 de julho de 2009

Poesia...

Meus versos que versejo em voz de veto
Vão velozes e verozes pelo vento
E vendo assim vigente a voz do povo
Versando o que não viram e vogar
Volátil a verdade, e o veredicto
Vigora, verdejante e vingativo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Livro

Marcelo Osório Wallau vem através do seu primeiro livro, Tropa de Versos, meus olhos de ver o mundo..., mostrar a arte campeira da região da campanha. Neste livro, traz um apanhado de aproximadamente 40 poesias feitas desde 2004, com relatos de cenas campeiras, paisagens interioranas e retratos de sentimentos. Marcelo transmite nas suas poesias fragmentos da infância na região do Sarandi, em Santana do Livramento, de suas andanças e da vida atual, em Porto Alegre, onde estuda Agronomia na UFRGS. Para ilustrar esses versos, vêm junto os desenhos de Bento Brochado, traduzindo o que as palavras não foram suficientes para dizer. Leôncio Severo também traz sua opinião sobre a obra, ajudando a enriquecer o livro, e, além disso, um glossário ajuda na compreensão dos termos utilizados. É uma ótima aventura para aqueles que gostam da arte da nossa gente!

Glossário

Achicar: Do castelhano tornar-se pequeno perante uma situação.

Bagual: 1. Cavalo inteiro (não castrado) que ainda não foi domado. 2. Diz-se do cavalo xucro. 3. Na zona serrana diz-se do cavalo reprodutor, mesmo que tenha sido domado.

Cambonear: Cuidar a cambona para que não ferva.
Cuidar, procurar atentamente.

Gaudério: Que vive gauderiando, sem rumo, a esmo, e/ou só de farra. Cachorro sem dono, que anda atrás de qualquer um que passe mas logo abandona e procura outro “dono”. Hoje em dia, principalmente nas cidades grandes, os indivíduos provenientes do campo são chamados de gaudérios, mas numa conotação não pejorativa, no sentido de campeiros ou tradicionalistas. Este sentido não está
dicionarizado, mas já caiu no linguajar popular, talvez por desconhecimento do sentido denotativo.

Sapucai: Grito (do guarani). 1. Há séculos “urro” de guerra na tradição indígena paraguaia, também usada na lida do gado. Foi depois adotado pelo exército na luta contra a Tríplice Aliança (colaboração de Carlos Antonio Kochenborger). 2. Grito agudo-estridente, vibrante e prolongado, cuja onomatopéia é: í, í, í, iú, hú, hú, hú, hú, u, uu. Tornouse de uso corrente-crescente no RS e em estados brasileiros fronteiros ao Paraguai. 3. É manifestação de rio-grandenses-do-sul, cultores de suas tradições, em encontros artísticos, recitais e tertúlias. 4. É saudação
ao artista de renome quando adentra o palco e/ou reaparece após os intervalos. 5. É aclamação, mesmo em meio à música, no clímax de sua interpretação. 6. É ovação,
às vezes acompanhada de silvos ou sibilos, ao término de cada música e/ou no final do evento. 7. É expressão de júbilo telúrico em dia de mera recorrida ou de recoluta, em campeirada prazerosa (colaboração de Carlos Huberto Wallau).

Taura: Homem guapo, bravo, de coragem
exuberante.

Velhaco: 1. Relativo a velhaquear. 2. Indivíduo
sorrateiro.

Xucro: Chucro (dependendo da fonte muda a grafi a. Os dicionários mais antigos como os de Cezimbra Jaques (1928) e Luiz Carlos de Morais (1935) apresentam a grafi a com “ch”. Já Aurélio Buarque de Holanda, no glossário de Contos Gauchescos e Lendas do Sul (Neto, 1949), e Zeno e Rui Cardoso Nunes (1986) apresentam a grafia da palavra com “x”). Animal à sua situação natural, rústica e selvagem ou chimarrão; Não domado. No sentido fi gurado é o indivíduo com as mesmas características ou que não está acostumado (não conhece) a tarefa a ser feita.