"Alma, vida e poesia, tempo e pessoas queridas! Jornadas de tantos suores e de tantas alegrias!"

Caros amigos!

Bem vindos ao meu fogão virtual. Aqui vou manter atualizado sobre minhas andanças, fotos e trabalhos novos que venho escrevendo. Convido todos a participar, deixar recados e mandarem e-mails se quiserem!

Um grande abraço a todos e boa viagem por entre essas linhas...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Flowers

Those pictures are for the ones that like photography and flower. Is one of my favorites targets to shoot. Those pictures are from my farm, trips and field days all around the place. Hope you enjoy them!

”Se as flores, no seu mistério profundo

dizem muito contigo

Eu, mistério de dois mundos

dizer-te não consigo…”

Fragmento de “Para vos”, poesia de minha autoria.

sábado, 25 de setembro de 2010

Gaucho's day: September 20th in Santana do Livramento

As I always said, cowboys from Texas and gaúchos from Rio Grande do Sul have a lot in common: proud; close connection with farm, horses, cattle…; friendship; hospitality; and even their (our) own Republic in the 1800’s. September 20th is the gaucho’s day. We celebrate the revolution that took place here in 1835, when gauchos invaded the capital of the province and took the local government. That was the fuse for a 10 years conflict against the Brazilian empire that changed the history of our state.To monumentalize it, a big celebration takes place in every city in the state and several out of it, including CTG (Gaucho’s Tradition Center) all around the world, in places such as New York and Paris. The celebration lasts, in most of places, for one week (in some other for the entire September). The culmination is when, in the sep-20th cavalarymen “invade” the streets of the cities in an amazing horse parade through the city’s main streets. In Santana do Livramento (my hometown), in e.g., there are more than 6000 men in horses, not counting the allegorical trucks. It’s a way to celebrate our proud and to tell people a little bit of the history of our state. The pictures in this album are from my friends in this parade. Hope you enjoy it!
See ya!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

CAMPONESES DO MUNDO

“CAMPONESES DO MUNDO: o preço da segurança alimentar”

 

Leitura feita para a aula de Desenvolvimento Rural sobre o texto de Mazoyer, M e Roudart, L. História dos Agricultores no Mundo. São Paulo, Ed. UNESP/MDA 2010. Alguns dos dados apresentados são retirados do próprio texto do autor a cima.

 

Êxodo rural, subnutrição, pobreza no campo e problemas agrários estão cada vez mais na pauta do dia-a-dia de quem lida diretamente com o setor primário. Junto de dados confusos, diferenças de ideologias e reais problemas surgem opniões deturpadas e ideias demagogistas e utópicas sobre o assunto.

Hoje em dia está cada vez mais profissional a produção agropecuária, e aqueles que não trabalham com tal afinco e técnica estão ficando sem poder competitivo. Isso gera ainda mais diferença entre produtres rurais. Ao mesmo tempo que se fala em êxodo, em baixa renda no campo, em valores insustentáveis para produtos agrícolas, clama-se por maior produção e disponibilidade de alimentos e menores preços, que somente assim conseguiremos diminuir a fome e a desigualdade no mundo.

Estamos, creio que todos, de acordo que, em geral, as políticas agrícolas dos países, principalmente os em desenvolvimento, são falhas e favorecem poucos, mas ao mesmo tempo não podemos ser romancistas e telúricos quanto a isso. Cada produtor deve cumprir seu papel social, deve ser útil à sua sociedade e seu país. Um agricultor que produz 800 kg de cereal por ano, quase que sem excesso para comercialização, mal consegue se sustentar não está cumprindo esse papel. Subsistência é utopia. É necessário que haja comércio, troca, cooperação, assim todos podem evoluir. Não se pode também ir contra a corrente global. Hoje em dia o comércio internacional é quem controla o mercado.

Demagogistas querem criar soluções imediatas para esse problema, criando bolsas e liderando massas de volta ao campo, criando políticas agrárias infundadas e insustentáveis. Mas não podemos ser sínicos e creer que o homem se voltar ao campo “brotará em si a alma de agricultor” e construirá sua vida no campo, com seu “bichinhos”, sua quinta, sua família alegre, livre e feliz na volta. O próprio homem criou um padrão de vida que não é sustentávem nessas condições. Será que ele vai abdicar esses “luxos” pela vida dura do campo? O que fará um pobre “camponês” que volta ao campo mas não domina as práticas produtivas? Quem não tem aptidão não pode voltar para a terra, se não haverá cada vez mais fome e miseráveis no campo. Deixemos de ser romancistas e de acreditar que essa é a solução para o mundo. O problema já está criado. Não podemos tentar achar um método de voltar no tempo para mudar essa situação, mas precisamos concentrar nossos esforços em achar alternativas para esses problemas. Pensar no futuro, e pensar grande. Quem pensa pequeno não evolui. Solução há; precisamos juntar-nos e aplicar essas soluções.

Riqueza gera riqueza. Levar mais probreza e atraso ao campo não é a solução. Falta extensão, falta uma política de auxilio técnico e de insumos, levar tecnica e tecnologia ao campo. Falta apoio internacional a esses países que não conseguem por sí realizar essas mudanças. A FAO (Food and Agriculture Organization) realiza muitos projetos desse intuito em países subdesenvolvidos. Mecanização não é a resposta para tudo, isso é certo, mas deixar as pessoas na mizéria ou fazendo trabalho pesado (e sem rendimento) por que favorece o aumento de emprego no campo não é solução também. Temos que ser racionais. Hoje em dia fala-se tanto em segurança alimentar (food safety) ao mesmo tempo que compramos alimentos de produtores em beira de estradas sem nenhuma inspeção ou selo. Quem garante a segurança desse alimento? Precisamos deixar de lado essa “política do coitadismo” e trabalhar para um futuro próspero e um bem comum. Infelizmente interesses políticos e brigas sociais com seu extremismos impedem tal progresso.

Quanto à segurança alimentar (food security) a solução imediata é a melhor distribuição de recursos (financeiros e alimentares). Não adianta produzirmos mais se não há poder de compra. O produtor em geral (não somente o camponês) é mal pago pelo seu produto, até por que quem tem o poder de ditar os preços não é o produtor. Por isso sobrevive quem é mais eficiente nesse processo. Fala-se muito no latifundiário por que ele compensa esse déficit no preço pela quantidade produzida. As margens de lucro são mínimas, e isso é realidade para todos do campo. Será que camponeses produzindo nada ou quase nada de excesso para comercialização e alimentação das cidades conseguirão dar conta dos 6 e, muito em breve, 9 bilhões de seres humanos no mundo?

Não sou contra a agricultura familiar ou aos camponêses. Eu me considero agricultor familiar também, pois todos da família estamos envoltos diretamente na produção, trabalhando juntos, crescendo juntos. Apenas resalto que devemos ter cuidado e sermos mais justos ao analisarmos uma situação como essa e não pendermos nossa opnião somente para um lado, condenando àqueles que trabalham dentro de uma filosofia diferente. Deve haver mais respeito e cooperação no campo. Infelizmente nem o governo de um país da importância do Brasil apoia isso, separando pequenos e grandes produtores em seu censo e segregando em classes de análise e importância.