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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Trip East Coast - parte 1

Me perguntaram onde ando, mas eu já tô que nem sei, peguei rumos ja tantos, que não sei onde parei…`

Pois bueno, ando já íntimo amigo da estrada e companheiro das distâncias. Como meus dias aqui pelos US estão acabando, decidimos pegar a estrada.  Dessa vez meu companheiro de viagem é o Gustavo, da ESALQ. Saímos de Lubbock no último dia 6 de maio logo após acabarmos as provas (felizmente conseguimos adiantar as finals) e tocamos para Ardmore, Oklahoma. Nosso destino lá foi visitar a Noble Foundation (www.noble.org) , a maior instituição particular de pesquisa de forrageiras dos US. Lá fomos recebidos pelo Mr. Ingram que nos apresentou o Dr. Ryan Reuter, Dr. James Rogers e o Dr. Twain Butler. Com o Dr. Reuter e Dr. Rogers, fomos visitar algumas das estações experimentais dIMG_0338o grupo. São várias fazendas que foram doadas ou compradas pela fundação que servem de modelo das práticas a serem aplicadas na região. A fundação faz pesquisas e extensão em um raio de 100 milhas da sede, atendendo fazendeiros que venham procurar auxílio técnico. São várias as pesquisas que eles conduzem, vão desde manejo de campo e controle de invasoras até biologia molecular. Os laboratórios são muito bons e o grupo que trabalha é bastante grande. Eles contam com uma infraestrutura muito grande também. Vale a pena entrar no site para dar uma olhada. Para os amantes de forragens, é um bom lugar para fazer estágio também.

De Ardmore fomos para Arkansas e posamos em uma cidadezinha chamada Canden. Nada de mais pela volta. Saímos cedo no outro dia para cruzar a borda da Louisiana e pegamos leste para o Mississippi. Paramos em Vicksburg, um dos pontos famosos da Guerra Civil. A vista do rio e da ponte velha do Mississippi é bem legal, a cidade antiga e interessante, mas não ficamos muito lá, seguimos nossa estrada rumo ao sudeste. Próxima parada foi Mobile, em Alabama, ondeIMG_0435 somente passeamos pelas ruas da cidade e tiramos umas belas fotos do pôr-do-sol no golfo. Na noite de sexta posamos em Pensacola, FL, onde conseguimos achar um hotel por um preço barato e fomos tomar uma cerveja num bar no pier onde tinha música ao vivo. Estava muito bom.

Domingo, dia 9 de maio, pegamos a estrada para Gainesville, como tinhamos tempo e pouca estrada não nos apressamos muito. A primeira parada foi na praia de pensacola para tomar um mate olhando o mar azul e as “areias bIMG_0459 rancas” (até parecia Rosário… hehe). Fomos pela costa até Pananá City e depois pegamos mais por dentro do continente para poder conhecer um pouco mais dos pântanos, ou “swamps”. Bem interessante, mas da estrada só dá para ver árvores e o solo alagado. Chegamos em Gainesville no final da tarde.
Na segunda-feira eu tinha marcado uma reunião com o Dr. Sollengerger, o professor de forrageiras da University of Florida. Tivemos uma boa conversa e depois fomos visitar uma das estações experimentais próximas a Geinesville . Lá eles fazem experimentos com Bahia grass (Forquilha), bermuda, amendoim forrageiro e alguns outros também. Segundo ele um segmento que está aumentado bastante é o de biocombustíveis de segunda geração (baseados em celulose – quem sabe um  novo coproduto para o campo nativo). Após a breve visita conheci um IMG_0495amigo do Gustavo da ESALQ que faz mestrado lá e fomos almoçar juntos. Depois do almoço fui visitar o Dr. Clyde, coordendor do nosso projeto Fipse-Capes na UF. Bela surpresa que tive foi matear com um conterrâneo, André Soares, que faz pós-doc com o Dr. Sollenberger também. O André saiu de Livramento já faz algum tempo e hoje é professor na universidade do Paraná em Pato Branco. Final da tarde fomos tomar uma cerveja no Swamp, um bar próximo à Universidade. Gracias ao André e a Lisiane (esposa) que abriram as portas da casa para passarmos a noite.

Dia 11 de maio, meu cumple, ficamos por casa mateando de manhã e meio dia a Lisiane fez o tal do carreteiro de charque. Que beleza! Nada melhor para lembrar da querência. Pela tarde picamos a mula para os lados da costa leste. Chegamos em uma bela cidade chamada Saint Augustine, a mais antiga cidade dos \US. Lá fomos para a praia e depois praticamos um pouco de windsurf. Foi muito legal. Depois da praia fomos dar uma volta pela cidade e achar algo para comer.

Quarta-feira pegamos nosso rumo para o norte de novo. Fomos para Savannah, Georgia, uma cidadezinha bem simpática, com muitos prédios antigos e bastante verde. Infelizmente não ficamos muito tempo lá por que tivemoos que seguir na estrada até Charlotte, North Carolina, onde o Mr. Joe and Marshal Andrey estavam esperando por nos. Ficamos a noite na casa deles e no outro dia passamos visitando as fazendas em que eles operam. Uma das novidades foi ver de perto os sintomas da intoxificação pelo fungo endofítico da festuca. Bastante feno e pelo visto boa qIMG_0628 ualidade de pasto também. Gostei de ver a quantidade de trevo (ladino (branco) e vermelho), a festuca e orchard grass (Digitalis glomerata). As pastagens parecem ter boa qualidade, não sei como é o verão. Interessante é que nas fazendas aqui eles fazem a cria  e por veIMG_0602 zes recria e depois mandam o gado para Nebraska e Kansas, o que da umas 25 horas de Charlotte. Longe mas é onde estão os confinamentos e abatedores. A região produz bastante trigo também. O que mais me agradou de ver é que o pessoal usa plantio direto, ao contrário do que se faz no west Texas. A família Andrey é tradicional fazendeira na região, mas hoje em dia a cidade já envolveu as terras, o que fez eles terem de vender partes da propriedade perto da cidade e comprar e arrendar em outras áreas. Isso para eles foi um baita investimento, mas por outro lado segmentou as áreas de tranbalho e a logística fica mais complicada. Isso é bastante normal nos US, por que atualmente 2.2% da população está relacionada à agropecuária, o que significa um grande comércio de propriedades.

Depois da visita às áreas de trabalho voltamos para a casa, jantamos com eles um ótimo rib eye stake e pegamos nosso rumo para a Virginia. Como combinei de visitar a Virginia Tech com meu amigo Josh McCann, precisavamos estar por lá cedo, ai decidimos fazer pelo menos a metade do caminho na noite (Charlotte – Blacksburg).

Bueno… por aqui vou ficando nesas primeira parte da jornada. Assim que der escrevo mais, grande abraço a todos!

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