Vem desgastadas, já puídas pelo uso
Carreteando ele faz o seu sustendo
A vida pobre não deixou outro recurso
Entrestecido vê os outros à sua volta
Quando businam ou olham atravessado
Achando que bem fosse sua escolha
De viver desse jeito amargurado
Carreteiro, na família vai pensando
Não deixar um outro dia sem ração
O piazito faminto e sugismundo
A quem pensa um dia em dar educação
E observa vinhos finos, mesa farta
E não entende como alguem pode passar
Despercebido frente à face da miséria
Ou não tem tempo para isso analisar
Quantos valores deturpados hoje vemos
E quanta gente sem ganas de trabalhar
Quisera todos creêrem que o futuro
Do país é algo bom para lutar
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